sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Infertilidade afecta entre 9 a 10% dos casais portugueses...

Entre nove e dez por cento dos casais portugueses têm problemas de infertilidade ao longo da vida, conclui um estudo hoje revelado no Porto.

Um especialista referiu que 84 por cento dos inquiridos afirmaram conhecer a doença da infertilidade, mas perante perguntas concretas o desconhecimento é ainda grande. Por exemplo, apenas 32,8 por cento dos inquiridos sabe o que é uma fecundação in vitro e 5,6 por cento uma vitromicroinjecção intracitoplasmática.

O estudo conclui que apenas entre 43 e 48 por cento das mulheres com infertilidade ao longo da vida e 57 a 61 por cento das que se encontram em idade reprodutiva recorrem a consulta médica.

Quando questionados sobre a idade a partir da qual a fertilidade começa a diminuir na mulher, a resposta 40 anos sobressai, mas essa é uma "idade em que começa a não haver milagres", sustentando que "a fertilidade declina drasticamente a partir dos 35 anos".

Este estudo demonstra ainda que 38,9 dos inquiridos consideram que "os problemas de fertilidade estão relacionados com a vontade de Deus".

A maioria das mulheres com dificuldade em engravidar relacionou a sua doença com problemas do organismo da mulher, mas 51,7 por cento ainda pensam que o "uso prolongado de contracepção oral" pode provocar a doença.

Ficou ainda demonstrado que a maioria dos inquiridos "acredita que a infertilidade é uma doença que pode ser resolvida por tratamento médico" e 58,4 por cento mostraram-se dispostas a pagar mais de 4000 euros por um tratamento de fertilidade.

A quase totalidade dos inquiridos (93,7 por cento) considerou que o Sistema Nacional de Saúde deveria pagar ou comparticipar os tratamentos de infertilidade.

O estudo recomenda a ampliação dos centros de Procriação Medicamente Assistida existentes em Portugal em detrimento da criação de novas unidades, com excepção para a região Sul (Alentejo e Algarve), onde não existe nenhum.

Assim, ampliar a capacidade dos centros públicos que existem e criar dois na zona Sul resolveria o problema das listas de espera existentes em algumas unidades de saúde para tratamentos de fertilização.

Fonte: Diário de Notícias 26/11/2009

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